ATIVIDADE DO EXTRATO DE CAFÉ VERDE (Coffea arabica L.) SOBRE OS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS DIABÉTICOS

Autores

  • Isadora Silva Boneli Universidade José do Rosário Velano

Palavras-chave:

Diabetes mellitus, Coffea arabica L., Parâmetros bioquímicos.

Resumo

RESUMO: Diabetes mellitus (DM) é ainda um sério problema de saúde pública, carente de novas alternativas terapêuticas. Plantas estão entre as possíveis fontes de novos compostos com ação anti-hiperglicêmica ou servindo como fitoterápicos. Neste estudo, nós avaliamos o efeito anti-hiperglicêmico (dosagem da glicemia de jejum) do extrato etanólico das folhas de Coffea arabica L. (Café verde) administrado por gavagem (dose oral de 300 mg/kg/dia) a ratos Wistar com DM tipo 1 induzido por aloxana, durante 90 dias. A efetividade deste tratamento em atuar sobre outros biomarcadores das funções hepática, renal e de perfil lipídico também foram avaliados. Após os três meses, os ratos diabéticos tratados com Coffea arabica L. não tiveram uma diminuição na glicemia de jejum, comparado aos ratos diabéticos não tratados. Além disso, este extrato não preveniu a oxidação proteica no fígado e nos rins, mantendo a função desses órgãos igual ao dos animais não tratados. O extrato de café verde não influenciou nos níveis de triglicérides sérico e colesterol dos animais diabéticos. Portanto, nós demonstramos que o extrato de Coffea arabica L. não influencia nas consequências trazidas pelo diabetes mellitus e não previne típicas complicações do DM, tais como os danos oxidativos em glândulas salivares.ATIVIDADE DO EXTRATO DE CAFÉ VERDE (Coffea arabica L.) SOBRE OS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS DIABÉTICOS RESUMO: Diabetes mellitus (DM) é ainda um sério problema de saúde pública, carente de novas alternativas terapêuticas. Plantas estão entre as possíveis fontes de novos compostos com ação anti-hiperglicêmica ou servindo como fitoterápicos. Neste estudo, nós avaliamos o efeito anti-hiperglicêmico (dosagem da glicemia de jejum) do extrato etanólico das folhas de Coffea arabica L. (Café verde) administrado por gavagem (dose oral de 300 mg/kg/dia) a ratos Wistar com DM tipo 1 induzido por aloxana, durante 90 dias. A efetividade deste tratamento em atuar sobre outros biomarcadores das funções hepática, renal e de perfil lipídico também foram avaliados. Após os três meses, os ratos diabéticos tratados com Coffea arabica L. não tiveram uma diminuição na glicemia de jejum, comparado aos ratos diabéticos não tratados. Além disso, este extrato não preveniu a oxidação proteica no fígado e nos rins, mantendo a função desses órgãos igual ao dos animais não tratados. O extrato de café verde não influenciou nos níveis de triglicérides sérico e colesterol dos animais diabéticos. Portanto, nós demonstramos que o extrato de Coffea arabica L. não influencia nas consequências trazidas pelo diabetes mellitus e não previne típicas complicações do DM, tais como os danos oxidativos em glândulas salivares.

Referências

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Publicado

2020-12-19

Edição

Seção

Artigos