Entre Cronos e Kairós

Uma Jornada da Alma

Autores

  • Samuel José Bueno Alves Unifenas

Palavras-chave:

Psicologia Analítica. Alma. Tempo. Temporalidade. Individuação.

Resumo

O presente trabalho consta do resultado de uma articulação teórica assentada nos conceitos de Tempo e Alma, assentando o encontro de literaturas nas áreas da Filosofia, Sociologia, Judaísmo com ênfase e aprofundamento na Psicologia Analítica. Aqui tem-se uma articulação teórica realizada pelo enfoque metodológico qualitativo. O estudo foi conduzido levando em consideração: Levantamento Bibliográfico, Enquadre Teórico e Análise e Síntese. Tratar de Alma é tratar de interioridade. Tratar da temporalidade é estabelecer uma conexão entre interior e exterior. Um fator que endossa a motivação deste trabalho é a dinâmica contemporânea que relega a planos secundários (e até terciários) as questões relativas ao mundo humano interior. Este artigo se inicia tratando da temática do Tempo, buscando refúgio conceitual nos mitos de criação da cosmogonia grega, os quais são narrativas que traduzem a inquietação humana sobre a gênese do universo e daquilo que nele reside. Nessa fonte há o tempo representado por Cronos, que remete a uma instância devoradora, enquanto que Kairós assume uma condição diferente, ado Tempo inesperado, do acaso e da oportunidade. A liquidez contemporânea tem sido uma oportunidade para que o indivíduo se descubra e redescubra. Todavia, a Alma não pode ser acelerada. A ansiedade existencial sofre com a impossibilidade de apressar o rio, uma vez que este corre sozinho. A Alma precisa do Tempo. Na árdua e constante tarefa de buscar a si mesmo, o indivíduo relaciona-se com a sua Alma, cultivando-a, ao mesmo Tempo em que é cultivado por ela.

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Publicado

2024-03-18