USO INDISCRIMINADO DE TARAPIA HORMONAL PARA PERFORMACE ESTÉTICA E ESPORTIVA
UMA REVISÃO DA LITERATURA
Palavras-chave:
Desempenho Atlético; Esteróides Androgênicos Anabolizantes, Implantes de Medicamento.Resumo
Introdução: A busca pela beleza estética, combate ao envelhecimento e melhora na performance física é almejada há séculos. Surgiram, então, tentativas para atender esses desejos. Entretanto, um dos princípios básicos da profissão médica é a não maleficência, a qual vem sendo desrespeitada na busca desses objetivos, como é o caso dos esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) e do “Chip da beleza”, nome popular para os implantes hormonais subcutâneos. Objetivos: Identificar os efeitos das terapias hormonais e discutir as evidências a respeito do uso para estética e desempenho esportivo, buscando entender sua proibição para tais fins e suas reais indicações. Metodologia: Foi realizada pesquisas bibliográficas na plataforma Scielo e PubMed incluindo artigos publicados dos anos 2000 a 2024, sendo incluídos estudos clínicos e revisões, avaliando a ação dos implantes. As palavras-chaves “implantes hormonais”, “desempenho atlético” e “esteroides anabolizantes androgênicos" foram utilizadas. Além disso, foi feita uma busca nas resoluções da ANVISA, CFM e das sociedades médicas. Discussões: O CFM expediu em 2023 uma resolução que veta terapias hormonais para fins estéticos e de desempenho esportivo; já em 2024 a ANVISA proibiu implantes hormonais não aprovados. Contrariando todas as resoluções, os EAA e Chips vêm sendo utilizados por indivíduos que buscam melhorar a performance estética e esportiva. Originalmente, os EAA são administrados na terapia de hipogonadismo e quadros de deficiência do metabolismo protéico. Os efeitos colaterais dos EAA e dos implantes são: infertilidade; mudanças no perfil lipídico, aumento da pressão arterial, mudanças de humor e alterações de características sexuais. A inexistência de estudos clínicos de boa qualidade metodológica que demonstrem os riscos da terapia hormonal androgênica em níveis suprafisiológicos inviabiliza uma visão a longo prazo dos efeitos colaterais. Já em relação ao implantes, foram inicialmente indicados como métodos anticoncepcionais e começaram a ser manipulados de forma indiscriminada e sem fiscalização das doses e substâncias contidas no “Chip”, não existindo estudos de farmacocinética ou farmacodinâmica. Conclusão: Diante do exposto, é notório que existem terapias hormonais indicadas incorreta e ilegalmente no presente cenário. Sendo assim, fica evidente a urgência de vigilância e monitorização robustas dos esteróides, visando um maior controle dessa prática danosa.Arquivos adicionais
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2025-02-07
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