O IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

REVISÃO DE LITERATURA

Autores

Palavras-chave:

Transtorno de Espectro Autista, Exercício físico, Desenvolvimento infantil

Resumo

Introdução: O Transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, com déficits em interação social, comunicação e comportamentos estereotipados. A incidência global está em constante aumento nas últimas cinco décadas. As dificuldades de socialização nas crianças com autismo, os tornam menos propensos a participarem de atividades esportivas, o que pode levar ao sedentarismo. Diversas técnicas são usadas para minimizar os sintomas, incluindo tratamentos comportamentais, psicofarmacológicos e exercícios. A intervenção por meio de exercícios é uma alternativa viável e direta, destacando-se entre outras estratégias de tratamento, pois são econômicas, fáceis de integrar na rotina e melhoram as interações sociais, reduzindo problemas comportamentais. Objetivo:Compreender o impacto da atividade física no desenvolvimento das crianças com TEA através de uma revisão de literatura. Metodologia: A revisão da literatura foi conduzida na base de dados PubMed, utilizando os termos de busca: “autism” e “physical activity”. Os critérios de inclusão foram publicações entre 2014 e 2024, abrangendo ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos e metanálises. Foram identificados 82 artigos e os mais relevantes foram selecionados para leitura e confecção deste resumo.Resultados: A atividade física tem um impacto positivo nas habilidades sociais e de comunicação, uma vez que reduziu o grau de autismo das crianças com autismo. A prática regular de atividade física aumenta a autodisciplina e o tempo de concentração na execução de tarefas, proporciona melhorias na função cognitiva, socioemocional, no comportamento com estereotipias e reduz comportamentos agressivos. O karatê, dentre as intervenções, se destacou, devido seu ambiente estruturado e disciplinado, ajudando as crianças a praticarem habilidades sociais em um contexto controlado. A importância do suporte dos pais e a necessidade de opções adaptativas em atividades físicas foram enfatizadas, já que a falta de recursos e formação adequada de professores pode limitar a participação dessas crianças.  Pesquisas indicam que déficits de funcionamento social em crianças com TEA podem estar relacionados à atividade física insuficiente. Conclusões: A atividade física proporciona melhorias na função cognitiva, comportamental e socioemocional. Entretanto, são necessárias pesquisas futuras para explorar ainda mais os efeitos específicos de diferentes programas de exercícios para crianças com TEA.

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Publicado

2025-02-07

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