LESÕES EM ARTICULAÇÕES POR E-SPORTS

Uma revisão de literatura

Autores

Palavras-chave:

Transtorno de Adição à Internet, Dependência de Tecnologia, Medicina Esportiva

Resumo

Introdução: O avanço da tecnologia transformou as interações do ser humano com a natureza, o próximo e consigo mesmo. Com o surgimento dos eSports, ou Esportes Eletrônicos, definidos como competições online com premiações, essa forma de lazer cresceu exponencialmente e é reconhecida inclusive por universidades nos EUA, com audiências que já ultrapassam 320 milhões de pessoas. Entretanto, surgem desafios à saúde desses atletas, como fadiga ocular e dores nas mãos, costas e pescoço. Com poucos estudos disponíveis, ainda há pouco conhecimento sobre os impactos físicos do eSport, exigindo mais atenção profissional para entender essas demandas. Objetivo: Reunir por meio de uma revisão sistemática da literatura os conhecimentos acerca da saúde dos atletas de Esportes Eletrônicos e entender como o pouco conhecimento na área pode afetar os jogadores. Metodologia: Este estudo realiza uma revisão bibliográfica qualitativa na base PubMed, utilizando os termos “injuries”, “esport” e “e-sport”, no período de 2010 a 2022. Dos 47 artigos encontrados, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, restaram seis, incluindo referências adicionais. Critérios de exclusão incluíram estudos incompletos, livros e editoriais. Resultados: A popularidade do eSport trouxe grandes torneios e receitas, mas os atletas enfrentam riscos semelhantes aos de esportes tradicionais. Segundo especialistas, lesões nos pulsos, cotovelos, joelhos e pescoço são frequentes. Uma condição grave é o “polegar do jogador”, que bloqueia o movimento do dedo. A Síndrome do Túnel do Carpo é outra queixa comum, causada pelo uso repetitivo de mouses e controles, comprimindo o nervo mediano e gerando dor intensa. Muitos atletas ignoram sintomas, agravando as lesões. Um estudo com 65 jogadores dos EUA mostrou que a média diária de treino varia entre 5,5 e 10 horas, com 15% jogando mais de três horas seguidas sem pausa. Além disso, 40% relataram não praticar atividade física. A faixa etária predominante é de 18 a 25 anos, com queixas como dor nas costas, pescoço, mãos e fadiga ocular, mas apenas 2% buscaram ajuda médica. Considerações Finais: Conclui-se que o eSport demanda uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas e psicólogos, para mitigar danos à saúde dos jogadores. Este artigo destaca a necessidade de mais pesquisas na área, uma vez que poucos estudos abordam as implicações do eSport, o que limita o conhecimento sobre o impacto dessas práticas na saúde dos atletas.  

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Publicado

2025-02-07