CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA EM ATLETAS

UMA REVISÃO DA LITERATURA

Autores

Palavras-chave:

Cardiomiopatia Hipertrófica, Morte Súbita, Atletas, Medicina Esportiva, Atividade Física.

Resumo

Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardiovascular de origem genética e uma das principais responsáveis por morte súbita em atletas, causando grande preocupação no campo da medicina esportiva. Caracterizada por uma hipertrofia assimétrica do ventrículo esquerdo, a CMH pode levar a arritmias fatais, especialmente em atividades físicas intensas. Embora a incidência seja relativamente baixa, a distinção entre a hipertrofia fisiológica do coração de atletas e a hipertrofia patológica da CMH é um desafio diagnóstico significativo, com potencial para desfechos catastróficos se não identificado corretamente. Objetivo: Compreender os desdobramentos da cardiomiopatia hipertrófica em atletas através de uma revisão de literatura. Metodologia: A revisão foi realizada na base PubMed com os termos “Cardiomyopathy” e “Athletes”, incluindo artigos entre 2010 e 2024, sem restrições de tipos. Dos 34 artigos encontrados, os mais relevantes foram selecionados para este resumo. Resultados: Historicamente, a CMH é a causa mais comum de morte súbita em atletas com menos de 35 anos de idade, e apresenta desafios tanto no diagnóstico quanto na prevenção de eventos fatais. Estudos sugerem que a distinção entre a hipertrofia fisiológica do coração de atletas e a CMH patológica é essencial para o manejo adequado desses indivíduos. A hipertrofia observada em atletas frequentemente ocorre como uma resposta adaptativa ao treinamento, mas a presença de CMH pode predispor a arritmias ventriculares graves durante o exercício. Além do risco imediato, a CMH tem um impacto profundo na vida do atleta, muitas vezes resultando na exclusão de atividades esportivas de alta intensidade. Dessa forma, a implementação de programas de avaliação cardiovascular em atletas é crucial para a detecção precoce de cardiomiopatias e para a redução dos riscos. Conclusões: A CMH reduz a capacidade funcional da pessoa afetada e aumenta o risco de um evento fatal. Apesar disso, em alguns casos, o diagnóstico não implica em abandono do esporte se mantido um monitoramento regular do atleta. Desse modo, a adoção de estratégias de rastreio, prevenção e acompanhamento podem ter um impacto profundo na identificação e gestão destas patologias.

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Publicado

2025-02-07