Revista Científica da UNIFENAS - ISSN: 2596-3481
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<p>A Revista da Universidade de Alfenas foi fundada em 1990 com a finalidade de tornar-se uma plataforma para publicação de artigos científicos, relatos de caso e revisões sistemáticas ou integrativas, de todas as áreas do conhecimento existente com divulgação interna e externa da produção técnico-científica.</p> <p>É uma revista <em>Open Access</em> com aspectos multidisciplinar e visa contribuir para a divulgação da ciência e tecnologia da região e do país.</p> <p>Ela renasce em formato eletrônico como REVISTA CIENTIFICA DA UNIFENAS, com publicação trimestral e espera fortalecer, aperfeiçoar e divulgar a pesquisa da IES, assim como de nossos colaboradores.</p> <hr /> <h4>Palavra da Reitora</h4> <p>“Nós sempre nos empenhamos em antecipar as mudanças”. Essas eram palavras do nosso eterno mestre e fundador da UNIFENAS, prof. Dr. Edson Antônio Velano. Dando continuidade aos seus propósitos, a Revista Científica da UNIFENAS, criada em 1990, surge agora em seu formato eletrônico, assumindo o compromisso com a modernidade, dando enfoque à maior visibilidade e à agilidade propiciadas pelas redes mundiais de comunicação.</p> <p>A Revista Científica da UNIFENAS inicia uma nova fase, mas continua com a proposta de implementação de um diálogo crítico e criativo com a realidade, promovendo a transferência rápida para a sociedade dos conhecimentos gerados no âmbito da Universidade, a qual tem como uma de suas estratégias discutir e preparar o futuro, através do desenvolvimento científico e tecnológico.</p> <p>Procuramos aprimorar o trabalho de nossos antecessores, adequando nossa revista às exigências de qualificação da CAPES, além de contribuir para o aperfeiçoamento do ensino, pesquisa e extensão e, desta forma, cumprir o nosso papel de Universidade.</p> <p>Para nós, é motivo de muita alegria o retorno à publicação da Revista Científica da UNIFENAS. Agradeço aos autores e revisores de artigos que, imbuídos na luta constante pela qualidade da publicação, contribuem para manter a Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS como a primeira universidade particular do Estado de Minas Gerais em publicação científica e citações por docente, estando, portanto, entre as mais importantes instituições de ensino superior do País.</p> <p>Esperamos receber crítica construtiva de nossos leitores para o aperfeiçoamento da Revista, despertar novos talentos para a pesquisa e levar à elaboração de novos trabalhos, cada vez melhores.</p> <p>Assim, deixo aos pesquisadores e produtores de conhecimento a seguinte mensagem para quando estiverem com dúvida:</p> <p>“Pergunta, pois, aos animais e eles te ensinarão; às aves do céu e elas te instruirão. Fala (aos répteis) da terra, e eles te responderão, e aos peixes do mar, e eles te darão lições. Se não, escuta-me, cala-te, e eu te ensinarei a sabedoria” (JÓ, 12:7-8; 33:33).</p> <p> </p> <p>Profª Maria do Rosário Araújo Velano</p> <p>Reitora da UNIFENAS</p>UNIVERSIDADE PROFESSOR EDSON ANTÔNIO VELANO - UNIFENASpt-BRRevista Científica da UNIFENAS - ISSN: 2596-34812596-3481<p>Clique no link abaixo para fazer download do arquivo de Declaração de Direitos Autorais. Preencha seus campos, com as respectivas assinaturas dos autores no formato de imagens e o insira como arquivo suplementar em sua submissão.</p> <p><strong><a href="https://revistas.unifenas.br/arquivos/copyrights_2024.docx">Declaração de responsabilidade e transferência de direitos autorais</a></strong></p>EFICÁCIA E SEGURANÇA DA CREATINA COMO SUPLEMENTO ERGOGÊNICO PARA ATLETAS
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1274
<p>Introdução: A creatina é um dos suplementos ergogênicos mais estudados e utilizados para melhorar o desempenho físico, especialmente em esportes de alta intensidade e curta duração, como musculação e natação. Sua popularidade se deve ao potencial de aumento na força, potência muscular e capacidade de recuperação. No entanto, o uso prolongado e em altas doses gera questionamentos sobre possíveis riscos à saúde, especialmente em relação à função renal. Objetivos: Identificar os efeitos ergogênicos da creatina e discutir as evidências sobre as interações e possíveis riscos da creatina para a saúde renal, buscando esclarecer as condições para seu uso. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed, abrangendo artigos publicados entre 2000 e 2023. Foram incluídos estudos clínicos que avaliaram os efeitos da suplementação de creatina em atletas. As palavras-chave utilizadas foram “creatina”, “desempenho atlético”, “função renal”. Estudos em populações não-atléticas ou com condições pré-existentes graves foram excluídos, além de revisões sistemáticas e meta-análises. Discussão: A creatina atua como substrato para a regeneração de ATP nos músculos e contribui para a manutenção da energia durante atividades de alta intensidade. Estudos demonstram que atletas suplementados apresentam um aumento significativo na capacidade de esforços repetitivos e incrementos na massa muscular magra, sendo mais evidentes em esportes anaeróbicos. Em relação à segurança, a maioria dos estudos não encontrou associação do uso da creatina e danos renais em indivíduos saudáveis, mesmo em suplementações prolongadas. Entretanto, há controvérsias sobre o impacto da creatina em indivíduos com predisposição a doenças renais, sugerindo a necessidade de acompanhamento médico. Devido aos seus benefícios e popularização, ocorreu a comercialização de produtos que não cumprem as regras da ANVISA, sendo esse o principal risco do consumo. Conclusão: Confirmou-se a eficácia da creatina como suplemento ergogênico, principalmente em modalidades de curta duração e alta intensidade. As evidências sugerem que a creatina é segura para uso prolongado em atletas saudáveis. No entanto, recomenda-se que atletas com fatores de risco para doenças renais utilizem creatina sob supervisão médica. O esclarecimento sobre a segurança da creatina pode contribuir para o uso seguro desse suplemento em populações esportivas, maximizando benefícios enquanto minimiza riscos potenciais.</p>laura bandeira menezes dos santosAna Cecília Saez Maia GonçalvesIsadora Moura de CastroLarissa Moreira MarquesLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771USO INDISCRIMINADO DE TARAPIA HORMONAL PARA PERFORMACE ESTÉTICA E ESPORTIVA
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1275
<p>Introdução: A busca pela beleza estética, combate ao envelhecimento e melhora na performance física é almejada há séculos. Surgiram, então, tentativas para atender esses desejos. Entretanto, um dos princípios básicos da profissão médica é a não maleficência, a qual vem sendo desrespeitada na busca desses objetivos, como é o caso dos esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) e do “Chip da beleza”, nome popular para os implantes hormonais subcutâneos. Objetivos: Identificar os efeitos das terapias hormonais e discutir as evidências a respeito do uso para estética e desempenho esportivo, buscando entender sua proibição para tais fins e suas reais indicações. Metodologia: Foi realizada pesquisas bibliográficas na plataforma Scielo e PubMed incluindo artigos publicados dos anos 2000 a 2024, sendo incluídos estudos clínicos e revisões, avaliando a ação dos implantes. As palavras-chaves “implantes hormonais”, “desempenho atlético” e “esteroides anabolizantes androgênicos" foram utilizadas. Além disso, foi feita uma busca nas resoluções da ANVISA, CFM e das sociedades médicas. Discussões: O CFM expediu em 2023 uma resolução que veta terapias hormonais para fins estéticos e de desempenho esportivo; já em 2024 a ANVISA proibiu implantes hormonais não aprovados. Contrariando todas as resoluções, os EAA e Chips vêm sendo utilizados por indivíduos que buscam melhorar a performance estética e esportiva. Originalmente, os EAA são administrados na terapia de hipogonadismo e quadros de deficiência do metabolismo protéico. Os efeitos colaterais dos EAA e dos implantes são: infertilidade; mudanças no perfil lipídico, aumento da pressão arterial, mudanças de humor e alterações de características sexuais. A inexistência de estudos clínicos de boa qualidade metodológica que demonstrem os riscos da terapia hormonal androgênica em níveis suprafisiológicos inviabiliza uma visão a longo prazo dos efeitos colaterais. Já em relação ao implantes, foram inicialmente indicados como métodos anticoncepcionais e começaram a ser manipulados de forma indiscriminada e sem fiscalização das doses e substâncias contidas no “Chip”, não existindo estudos de farmacocinética ou farmacodinâmica. Conclusão: Diante do exposto, é notório que existem terapias hormonais indicadas incorreta e ilegalmente no presente cenário. Sendo assim, fica evidente a urgência de vigilância e monitorização robustas dos esteróides, visando um maior controle dessa prática danosa.</p>laura bandeira menezes dos santosAna Cecília Saez Maia GonçalvesLarissa Moreira MarquesLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771FRATURAS DE PUNHO EM ATLETAS
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<p><strong>Introdução</strong>: As fraturas de punho é uma das principais lesões ósseas por estresse em atletas, por ciclos repetitivos de lesões em pequeno espaço de tempo, resultando em microfraturas que evoluem para fratura de estresse ou completa, influenciada por esportes de alta intensidade. Além disso, a anatomia do punho é extremamente complexa, tornando o diagnóstico difícil nesta articulação. Assim, a prevenção é de extrema importância no mundo desportivo, já que o afastamento por lesões neste nível podem corresponder a perda de jogos pelos atletas por meses, o que influencia ainda mais na performance do atleta. <strong>Objetivo</strong>: Analisar os tipos de fraturas de punho em atletas e analisar os tipos de atleta que mais comumente são afetados com esse tipo de fratura. <strong>Metodologia</strong>: Foram utilizados os descritores: sports medicine, wrist injuries, athletic injuries e orthopedics, tendo por resultado 43 artigos na plataforma do Pubmed, utilizando o filtro que seleciona artigos com menos de 5 anos de publicação. Os critérios de exclusão foram: relatos de caso, revisão narrativa ou artigos que distanciam do objetivo desta revisão da literatura, com o intuito de filtrar novamente os artigos que foram selecionados na primeira seletiva e analisar quais seriam mais adequados para o estudo. Após essa seleção, 15 artigos foram escolhidos para realização desta revisão sistemática. <strong>Resultados</strong>: A epidemiologia das lesões em modalidades que aparecem com incidência de fraturas de punho foram: mountain bike, pescadores e nadadores competitivos e esportes relacionados a raquete/remo/tacos. Destacam-se os vários tipos de lesões em suas respectivas modalidades, como: lesão no punho, mão, ombro, cotovelo, dedos e estresse ósseo. Contudo, evidencia-se o fato de que grande parte do estudo a lesão de maior prevalência em comum em todos os esportes é a fratura de punho, muitas vezes, não sendo a principal da modalidade. Houve predomínio no sexo masculino, chamando a atenção o atleta de elite por ter um maior comprometimento e sobrecarga, assim acaba sofrendo um número maior de lesões, comparado a amadores. Os dados encontrados podem auxiliar na identificação de áreas de risco e no desenvolvimento de estratégias de prevenção direcionada. A sugestão de programas de treinamento adequado e o uso de equipamentos de proteção agregam ainda mais o intuito de diminuir os diferentes tipos de lesão nos atletas de várias modalidades esportivas. <strong>Conclusão</strong>: Compreender a incidência, característica e padrões de cada lesão e modalidade e com essas informações pode-se guiar a melhor prevenção e segurança dos atletas, apresentando sugestões de estratégias de prevenção.</p>LUIZ PHELIPE GONTIJO PACHECOJéssica ChávareJULIA PORTO RODRIGUESLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771REVISÃO DE LITERATURA SOBRE AVALIAÇÃO FUNCIONAL E PROPEDÊUTICA NA MEDICINA DO ESPORTE
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<p><strong>Introdução:</strong> A pandemia de COVID-19 afetou negativamente a saúde física de atletas e praticantes de exercícios, promovendo descondicionamento, lesões e dificuldades psicológicas. Nesse cenário, a medicina do esporte destacou a importância de avaliações funcionais e técnicas propedêuticas para recuperação e melhora do desempenho. <strong>Objetivos:</strong> Revisar a literatura sobre o papel da avaliação funcional e das estratégias de propedêutica no retorno à prática esportiva após a pandemia. <strong>Metodologia: </strong>Realizou-se revisão na base PubMed com os descritores “avaliação funcional”, “medicina do esporte”, “recuperação física” e “pandemia de COVID-19”. Foram analisados 42 estudos publicados entre 2020 e 2023, excluindo-se revisões sistemáticas e relatos de caso. <strong>Discussão:</strong> Avaliações funcionais são cruciais para identificar déficits em mobilidade, força e capacidade cardiorrespiratória. Testes de força, resistência e flexibilidade ajudam a planejar a recuperação progressiva, reduzindo riscos de lesões. A propedêutica na medicina esportiva inclui ferramentas para detectar desequilíbrios musculares e fatores de risco, utilizando exames de imagem e testes específicos. Estratégias de reabilitação cardiorrespiratória, recuperação muscular e treinamento progressivo são fundamentais para o retorno seguro às atividades físicas. <strong>Considerações Finais:</strong> A integração de avaliação funcional e propedêutica é essencial para a recuperação física e otimização do desempenho pós-pandemia. Os avanços da medicina do esporte oferecem abordagens eficazes para promover saúde, prevenir lesões e garantir o retorno seguro às atividades.</p>Igor Henrique Vidal vidalLetícia RamosJulia SatlerLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771REVISÃO DE LITERATURA SOBRE INOVAÇÕES EM AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1278
<p>Introdução: A avaliação cardiológica tem evoluído significativamente com a integração de tecnologias avançadas, como inteligência artificial (IA) e dispositivos vestíveis, que ampliam a precisão e a agilidade nos diagnósticos. A propedêutica cardiovascular, tradicionalmente baseada em exames como ecocardiograma e eletrocardiograma, agora se beneficia dessas inovações, proporcionando uma avaliação mais aprofundada e personalizada. Objetivos: Analisar as inovações tecnológicas na avaliação cardiológica e sua integração na propedêutica cardiovascular. Metodologia: A pesquisa de literatura foi conduzida na base de dados PubMed, utilizando descritores como “tecnologia em cardiologia”, “propedêutica cardiovascular” e “inteligência artificial em cardiologia”. Foram selecionados artigos publicados entre 2018 e 2023, incluindo estudos observacionais e ensaios clínicos, sendo excluídas revisões sistemáticas de literatura e relatos de caso. Dos 50 artigos analisados, foram incluídos 30 que atendiam aos critérios de inclusão. Discussão: As tecnologias emergentes revolucionaram a avaliação cardiovascular. A IA tem demonstrado eficácia no processamento de grandes quantidades de dados, identificando padrões em exames de imagem e ECG, além de auxiliar na previsão de eventos cardíacos. Dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes e sensores, permitem o monitoramento contínuo de parâmetros como frequência cardíaca e pressão arterial, possibilitando intervenções precoces. Apesar dos avanços, os desafios incluem o treinamento adequado para o uso de novas ferramentas, a adaptação das práticas clínicas e a validação desses métodos para garantir segurança e precisão diagnóstica. Custos iniciais elevados e preocupações com a privacidade de dados são outras barreiras a serem superadas para a ampla adoção dessas tecnologias na cardiologia. Considerações Finais: A integração de tecnologias avançadas na propedêutica cardiovascular representa um marco na cardiologia, com potencial para transformar o diagnóstico e o tratamento de doenças cardíacas. A IA e os dispositivos otimizam a avaliação e permitem intervenções mais personalizadas e preventivas. No entanto, a ampla adoção dessas inovações dependerá da superação de desafios financeiros, regulatórios e de treinamento. Pesquisas adicionais são essenciais para consolidar o papel dessas tecnologias na medicina cardiovascular.</p>Letícia RamosIgor Henrique Vidal vidalJulia SatlerLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA EM ATLETAS
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<p>Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardiovascular de origem genética e uma das principais responsáveis por morte súbita em atletas, causando grande preocupação no campo da medicina esportiva. Caracterizada por uma hipertrofia assimétrica do ventrículo esquerdo, a CMH pode levar a arritmias fatais, especialmente em atividades físicas intensas. Embora a incidência seja relativamente baixa, a distinção entre a hipertrofia fisiológica do coração de atletas e a hipertrofia patológica da CMH é um desafio diagnóstico significativo, com potencial para desfechos catastróficos se não identificado corretamente. Objetivo: Compreender os desdobramentos da cardiomiopatia hipertrófica em atletas através de uma revisão de literatura. Metodologia: A revisão foi realizada na base PubMed com os termos “Cardiomyopathy” e “Athletes”, incluindo artigos entre 2010 e 2024, sem restrições de tipos. Dos 34 artigos encontrados, os mais relevantes foram selecionados para este resumo. Resultados: Historicamente, a CMH é a causa mais comum de morte súbita em atletas com menos de 35 anos de idade, e apresenta desafios tanto no diagnóstico quanto na prevenção de eventos fatais. Estudos sugerem que a distinção entre a hipertrofia fisiológica do coração de atletas e a CMH patológica é essencial para o manejo adequado desses indivíduos. A hipertrofia observada em atletas frequentemente ocorre como uma resposta adaptativa ao treinamento, mas a presença de CMH pode predispor a arritmias ventriculares graves durante o exercício. Além do risco imediato, a CMH tem um impacto profundo na vida do atleta, muitas vezes resultando na exclusão de atividades esportivas de alta intensidade. Dessa forma, a implementação de programas de avaliação cardiovascular em atletas é crucial para a detecção precoce de cardiomiopatias e para a redução dos riscos. Conclusões: A CMH reduz a capacidade funcional da pessoa afetada e aumenta o risco de um evento fatal. Apesar disso, em alguns casos, o diagnóstico não implica em abandono do esporte se mantido um monitoramento regular do atleta. Desse modo, a adoção de estratégias de rastreio, prevenção e acompanhamento podem ter um impacto profundo na identificação e gestão destas patologias.</p>Laura OliveiraMARIA CLARA MOREIRA DO NASCIMENTOTayrine SilvaLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771IMPACTO DO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR NA FUNÇÃO DO VENTRÍCULO DIREITO
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<p><strong>Introdução: </strong>O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma emergência cardiovascular com alta morbidade e mortalidade, resultante da obstrução das artérias pulmonares. Essa condição impacta diretamente a função do ventrículo direito (VD), levando a complicações como sobrecarga, disfunção ventricular e, em casos graves, colapso hemodinâmico. A identificação precoce da disfunção do VD e a intervenção adequada são cruciais para melhorar os desfechos clínicos. <strong>Objetivo: </strong>Revisar o impacto do TEP na função do VD, discutir abordagens terapêuticas e analisar o prognóstico em pacientes com sobrecarga ventricular direita. <strong>Metodologia: </strong>Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Scholar, utilizando os termos “Pulmonary embolism”, “right ventricle”, “prognosis”, “therapeutic approaches”. Foram incluídos estudos clínicos, revisões sistemáticas e diretrizes publicadas entre 2005 e 2023, selecionando com base na relevância para a função ventricular. <strong>Discussão: </strong>O impacto do TEP no VD é crucial na determinação do prognóstico. A obstrução das artérias pulmonares aumenta a resistência vascular, sobrecarregando o VD, que é estruturalmente menos robusto que o ventrículo esquerdo. Isso gera um ciclo de sobrecarga hemodinâmica, hipóxia tecidual e disfunção ventricular progressiva. A anticoagulação é a primeira linha de tratamento na maioria dos casos, visando impedir a progressão do trombo e evitar novos eventos embólicos. Em casos graves com disfunção significativa do VD, a anticoagulação isolada pode ser insuficiente. Pacientes com TEP maciço e disfunção hemodinâmica grave se beneficiam do uso de trombolíticos, que dissolvem o trombo e reduzem rapidamente a sobrecarga no VD. Alternativas como embolectomia cirúrgica ou trombectomia percutânea são indicadas quando os trombolíticos estão contraindicados ou falham. <strong>Considerações Finais</strong>: Além da resolução do evento agudo, o acompanhamento a longo prazo é essencial para avaliar a recuperação da função do VD e prevenir complicações, como a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica. A função do VD no momento do diagnóstico está fortemente correlacionada com a taxa de sobrevida e complicações a longo prazo. O manejo clínico adequado é fundamental para melhorar os desfechos clínicos e minimizar sequelas.</p>Ana Maria TeixeiraJoão Pedro CondeMauro Teixeira
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2025-02-072025-02-0771REVISÃO DE LITERATURA SOBRE INCIDÊNCIA DE DOPING NAS COMPETIÇÕES ESPORTIVAS
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<p class="Abstract" style="text-indent: 0cm;"><span lang="EN-US">Introdução</span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">: O doping é um dos maiores desafios enfrentados pelo esporte moderno, envolvendo o uso de substâncias proibidas ou métodos que visam melhorar artificialmente o desempenho dos atletas. A prática é considerada uma violação das regras de diversas organizações esportivas. A detecção de doping em competições prejudica a integridade do esporte, além de representar sérios riscos à saúde dos atletas. </span><span lang="EN-US">Objetivos</span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">: Revisar a literatura científica sobre a incidência de doping nas competições esportivas e discutir suas causas, frequência, métodos de detecção e as principais substâncias envolvidas. </span><span lang="EN-US">Metodologia</span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">: Foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed, utilizando os descritores "Doping in Sports", "Athletes" e "Sports Medicine". Foram incluídos artigos publicados entre 2003 e 2023, abrangendo estudos observacionais e ensaios clínicos. Excluíram-se estudos focados exclusivamente no abuso recreativo de substâncias fora do contexto esportivo e revisões de literatura, ficando ao final 40 artigos para análise, sendo selecionados alguns principais para uso nesse resumo. </span><span lang="EN-US">Resultados</span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">: O doping envolve o uso de substâncias como esteroides anabólicos, estimulantes, hormônios de crescimento e agentes mascarantes. Sua incidência varia conforme o esporte e o nível de competição. Atletas de modalidades como ciclismo, levantamento de peso e boxe apresentam maiores proporções de testes alterados. Estudos indicam que a pressão por resultados e ganhos financeiros são fatores que incentivam o uso de substâncias proibidas. Os métodos de detecção de doping incluem análises de sangue e urina com crescente uso do passaporte biológico. No entanto, atletas e médicos vêm desenvolvendo formas sofisticadas para mascarar o uso de substâncias proibidas, o que torna a detecção um desafio contínuo. Em termos de saúde, os efeitos do doping incluem problemas cardiovasculares, hepáticos, hormonais e psicológicos. Além disso, o uso prolongado de substâncias dopantes pode resultar em dependência e danos irreversíveis à saúde. Do ponto de vista esportivo, o doping compromete a equidade nas competições e prejudica a reputação do esporte. </span><span lang="EN-US">Considerações Finais</span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">: O doping continua sendo uma questão complexa e prejudicial para o esporte. Apesar dos avanços nas tecnologias de detecção, os atletas ainda encontram maneiras de driblar os controles, tornando fundamental o fortalecimento das políticas antidoping e a educação sobre os riscos do uso dessas substâncias.</span></p>Cesar Augusto Leite Dias FilhoLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771IMPACTO DA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
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<div> <p class="Abstract">Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e são diretamente associadas à hipertensão arterial. A dificuldade em mudanças no estilo de vida e limitações na farmacologia são influentes na HAS descontrolada. A acupuntura, prática da medicina tradicional chinesa, está sendo implementada na medicina ocidental e seus efeitos devem ser avaliados quando associados à medicina ocidental no que diz respeito a HAS. Objetivo: Identificar o impacto do uso da acupuntura no tratamento de hipertensão arterial e seus benefícios, através da fisiologia ocidental. Metodologia: Essa revisão sistemática utilizou os descritores “Acupuntura” e “Hipertensão” cadastrados na plataforma Descritores em Ciências da Saúde, para buscas de artigos originais nas bases de dados PUBMED/MEDLINE e BVS, no mês de outubro de 2024, publicados a partir de 2019, em português e inglês. Resultados: Foram encontrados 56 artigos nas plataformas utilizadas, sendo descartados 39, sendo eles por título e/ou resumo incoerente, por não abordar a fisiologia médica ocidental, por avaliar tratamento agudo, por se tratar de protocolos de estudo, restando 17 artigos incluídos nesta revisão. Discussão: Os estudos apresentaram resultados promissores entre o uso de técnicas de acupuntura, com redução significativa da pressão arterial sistólica e diastólica. Ressaltam melhora em HAS estágio inicial e quanto a apneia obstrutiva do sono. Aborda, também, a possibilidade de uso de técnicas de acupontos não invasivas no tratamento anti-hipertensivo como estimulação elétrica (TEAS), moxabustão e auriculoterapia. A justificativa para a regulação do fluxo sanguíneo é pela dilatação dos vasos sanguíneos devido a estimulação do sistema nervoso parassimpático e inibição do sistema nervoso simpático. Os estudos ressaltam a priorização do tratamento farmacológico, visto sua eficácia comprovada, sendo a técnica da medicina tradicional chinesa um complemento no esquema terapêutico. Conclusão: Em suma, os textos analisados em sua maioria concluem que a acupuntura, bem como as outras técnicas apresentam resultados satisfatórios, principalmente quando avaliadas em indivíduos com hipertensão estágio 1. Os estudos apresentam destaque para a relação entre as técnicas aplicadas e a redução da ansiedade, um fator crucial para a efetividade pretendida. Contudo, estudos mais aprofundados com amostragens robustas são necessários para garantir permitir resultados mais consistentes.</p> </div>Luisa Cunha MirandaBarbara FreitasIsadora DantasDaniella Machado
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2025-02-072025-02-0771FRATURA DE FÊMUR
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<p style="font-weight: 400;"><strong>Introdução</strong>: Este trabalho aborda o aumento do número de fraturas de fêmur durante os anos de pandemia de COVID-19, que foi um período que impactou profundamente a saúde pública em diversas esferas. Esse tipo de fratura representa um problema grave, especialmente em pacientes idosos, devido à fragilidade óssea e ao risco elevado de complicações. O presente estudo teve como principal objetivo reunir e analisar artigos científicos que abordem o tema das fraturas de fêmur proximal em idosos, bem como fraturas decorrentes de acidentes de trânsito, entre os anos de 2020 e 2022. <strong>Metodologia</strong>: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, utilizando como base de dados a plataforma PubMed. Com a estratégia de busca utilizada, inicialmente, foram identificados 42 artigos, dos quais 26 foram excluídos após a leitura dos títulos e resumos, por não atenderem aos critérios de inclusão. Dessa forma, 16 estudos foram considerados elegíveis para a análise completa de texto completo, sendo que, ao final do processo de avaliação, 15 artigos foram selecionados para compor o trabalho. <strong>Discussão</strong>: A fratura de fêmur proximal é uma das lesões mais comumente tratadas por equipes ortopédicas. Entretanto, durante a pandemia, surgiram desafios no manejo desses pacientes. Mesmo assim, foi possível observar que a intervenção cirúrgica precoce, realizada em até 48 horas após a admissão hospitalar, é uma prática essencial para garantir um melhor prognóstico aos pacientes com fraturas de fêmur. Ainda assim, os estudos indicaram que, entre os pacientes com fratura de fêmur, aqueles que testaram positivo para COVID-19 apresentaram taxas de mortalidade maiores quando comparados aos que testaram negativo. <strong>Conclusão</strong>: Diante disso, o preparo adequado dos profissionais de saúde para lidar com esses casos complexos, que envolvem tanto a fragilidade do paciente quanto o risco de infecção pelo coronavírus, é fundamental. Investir em capacitação e no aprimoramento dos protocolos de atendimento pode resultar em melhores desfechos clínicos, tanto no período perioperatório quanto no pós-operatório.</p>Márcio TorresAlexandre BessaLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771DEFICIÊNCIA ENERGÉTICA RELATIVA NO ESPORTE (RED-S) E A TRÍADE DA MULHER ATLETA
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<div> <p class="Abstract">Introdução: A deficiência energética relativa no esporte (RED-S), anteriormente denominada tríade da mulher atleta, se caracteriza por disfunções hormonais e fisiológicas que afetam a saúde e o desempenho de atletas femininas. Essa síndrome se manifesta, entre outros sinais, por disfunção menstrual, baixa densidade óssea e baixa disponibilidade energética (LEA). Desde 2014, o Comitê Olímpico Internacional propôs uma abordagem integral para esta síndrome com destaque em seu impacto nos sistemas reprodutivo, endócrino, ósseo e imunológico, exigindo atenção diagnóstica e intervenção precoce. Objetivos: Esta revisão tem como objetivo expor o problema acerca da deficiência relativa de energia no esporte e capacitar a sociedade médica na identificação precoce dessas mulheres, evitando consequências de curto e longo prazo. Metodologia: Realizou levantamento bibliográfico na plataforma PubMed com as palavras chaves do MeSH, associado aos filtros de data considerando os últimos 5 anos, selecionado os textos em português e inglês por meio da leitura dos resumos. Discussão: A RED-S impacta a saúde e o desempenho de atletas, especialmente mulheres, devido à sua relação com a Tríade da Mulher Atleta. A sua complexidade requer uma avaliação cuidadosa, pois não existe um teste diagnóstico único, pelas variações de apresentação. A ferramenta de Avaliação Clínica, atual, de RED-S (CAT) do Comitê Olímpico Internacional, aprimorada desde 2015, destaca mais de 30 indicadores de baixa disponibilidade de energia (LEA) e permite a classificação de risco dos atletas. Identificar esses sinais precocemente é crucial para prevenir danos à saúde e ao desempenho, enfatizando a necessidade de uma abordagem holística e personalizada. Considerações Finais: A Deficiência Energética Relativa no Esporte demanda uma atenção multidisciplinar, já que as disfunções hormonais e fisiológicas podem comprometer não somente o desempenho esportivo, mas também a saúde das atletas femininas de forma irreversível. A complexidade dessa síndrome exige que haja um diagnóstico e intervenção precoce, avaliando a LEA pelo CAT e assim desenvolver um acompanhamento integral e individualizado, com profissionais capacitados, focando na prevenção de lesões e preservação da saúde, além da manutenção da profissão do paciente. Nota-se, ainda, a necessidade de novos estudos para oficializar ferramentas de rastreamento e diagnóstico de maior especificidade, assim como aumentar a conscientização para os públicos-alvo.</p> </div>Dâmaris Eduarda de Sousa PradoAmanda Silva Najar CastroDebora Luisa Garibaldi BahiaVanessa Rocha Camargos
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2025-02-072025-02-0771O IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ADOLESCENTES
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1285
<p><strong>Introdução</strong>: Ansiedade e depressão são condições patológicas prevalentes entre adolescentes, que levam ao risco de suicídio e geram impacto significativo sobre o seu desenvolvimento. Além disso, podem permanecer ao longo da vida adulta caso não tratadas. Diante desse contexto, a prática de atividade física é uma intervenção pouco invasiva, acessível e barata, fortemente associada ao bem-estar geral, trazendo benefícios à saúde física, psicológica e mental. Embora sejam conhecidos os efeitos da atividade física em adultos, esse aspecto ainda não é amplamente esclarecido tratando-se de adolescentes, crianças e idosos, especialmente em relação à ansiedade e depressão. <strong>Objetivo</strong>: Revisar estudos que mostrem o impacto da atividade física na prevenção e tratamento da depressão e ansiedade em adolescentes. <strong>Metodologia</strong>: Foi realizada uma busca na base de dados PubMed entre os dias 20 e 22 de outubro de 2024, utilizando os descritores “anxiety”, “depression”, “treatment”, “physical acticity”, “teeneger”. Foram incluídos estudos publicados entre 2000 e 2024, abrangendo meta-análises, revisões de literatura e ensaios clínicos. Estudos que incluíram adultos foram excluídos. No total, 19 artigos preencheram os critérios de inclusão, dos quais 3 foram selecionados para análise. <strong>Resultados</strong>: Os estudos indicam que a prática de atividade física contribui para a preservação do bem-estar mental e reduz sintomas de ansiedade e depressão em adolescentes. Isso está associado à melhoria da autopercepção corporal, redução do índice de massa corpórea e aumento do status social fornecido pelo esporte. Quando combinados a outras abordagens, como a psicoterapia, os efeitos foram potencializados. Além disso, o aumento do apoio social e da autoestima proporcionados pela prática de atividade física funciona como fatores protetores contra transtornos mentais. <strong>Conclusões</strong>: A prática de atividade física é um importante fator de proteção e tratamento contra depressão e ansiedade em adolescentes. No entanto, a heterogeneidade dos estudos dificulta a consistência dos resultados, apontando a necessidade de estudos mais extensos que padronizem as medidas de intensidade e frequência da atividade física para melhorar seu uso terapêutico.</p>Maria Clara Moreira do NascimentoLaura Silva OliveiraTayrine Ypuena Tavares SilvaLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771MANEJO, PREVENÇÃO E MONITORAMENTO CARDIOVASCULAR EM ATLETAS COM “CORAÇÃO DE ATLETA”
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1286
<p><strong>Introdução:</strong> Com o aumento de adeptos ao esporte de alta intensidade, houve também um aumento na morte súbita em atletas de alta performance. ¹ O “coração de atleta”, condição rara, é um achado típico em alguns desportistas de competição, considerado fisiológico. ² Entretanto, esta condição pode ser confundida com outras doenças cardíacas. ³ Quando essas características não são identificadas, o risco de morte súbita aumenta. Contudo, o manejo destes pacientes, com monitoramento individualizado, é essencial para reduzir o risco de complicações fatais. <strong>Objetivos:</strong> Abordar o manejo e a prevenção dos pacientes atletas de alta performance com “coração de atleta”, relatar estratégias utilizadas para redução de complicações cardíacas. <strong>Metodologia:</strong> Foi realizada uma busca sistemática na base de dados PubMed, auxiliada pela plataforma Rayyan, com posterior busca manual em bases de dados como PubMed e periódicos específicos. Empregou-se filtros específicos para seleção de artigos, excluindo estudos não clínicos e não revisados por pares, bem como pesquisas não relacionadas ao manejo e prevenção do coração de atleta em atletas de alta performance. A pesquisa foi restrita a publicações em inglês entre 1999 e 2024, envolvendo exclusivamente atletas de alta performance. <strong>Discussão:</strong> Para evitar complicações cardiovasculares, atletas de alta performance precisam de monitoramento, embora haja incertezas no manejo desses pacientes. Dentre as recomendações questionadas estão o rastreio pré -participação e triagem de rotina. Essas práticas, embora utilizadas para verificar a aptidão para atividade física de nível avançado, tem eficácia limitada e risco de sobrecarga de testes. ⁴ Além disso, avaliar o diagnóstico diferencial ajuda a diferenciar alterações fisiológicas das patologias. ⁵ Caso o paciente esteja apto a ser um atleta de alto rendimento, é fundamental a personalização do treinamento, com enfoque na situação cardiovascular de cada esportista. É importante que haja acompanhamento médico, com gerenciamento de fatores de risco e educação sobre os sinais de alerta. ⁶ <strong>Considerações finais:</strong> é fundamental que sejam feitos mais estudos sobre a prevenção e manejo cardiovascular dos atletas de alto rendimento para criar evidências sólidas na propedêutica desses pacientes. Com isso, espera-se condutas assertivas para os esportistas e, consequentemente, menor risco de eventos cardiovasculares, principalmente a morte súbita.</p>Amanda Caroline Salgado HilbertEmanuelly de Sá EstevamLuíza Manuela Jardim MenezesPaulo Sérgio de Oliveira Cavalcanti
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2025-02-072025-02-0771O IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1287
<p style="font-weight: 400;"><strong>Introdução:</strong> O Transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, com déficits em interação social, comunicação e comportamentos estereotipados. A incidência global está em constante aumento nas últimas cinco décadas. As dificuldades de socialização nas crianças com autismo, os tornam menos propensos a participarem de atividades esportivas, o que pode levar ao sedentarismo. Diversas técnicas são usadas para minimizar os sintomas, incluindo tratamentos comportamentais, psicofarmacológicos e exercícios. A intervenção por meio de exercícios é uma alternativa viável e direta, destacando-se entre outras estratégias de tratamento, pois são econômicas, fáceis de integrar na rotina e melhoram as interações sociais, reduzindo problemas comportamentais. <strong>Objetivo:</strong>Compreender o impacto da atividade física no desenvolvimento das crianças com TEA através de uma revisão de literatura. <strong>Metodologia: </strong>A revisão da literatura foi conduzida na base de dados PubMed, utilizando os termos de busca: “autism” e “physical activity”. Os critérios de inclusão foram publicações entre 2014 e 2024, abrangendo ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos e metanálises. Foram identificados 82 artigos e os mais relevantes foram selecionados para leitura e confecção deste resumo.<strong>Resultados: </strong>A atividade física tem um impacto positivo nas habilidades sociais e de comunicação, uma vez que reduziu o grau de autismo das crianças com autismo. A prática regular de atividade física aumenta a autodisciplina e o tempo de concentração na execução de tarefas, proporciona melhorias na função cognitiva, socioemocional, no comportamento com estereotipias e reduz comportamentos agressivos. O karatê, dentre as intervenções, se destacou, devido seu ambiente estruturado e disciplinado, ajudando as crianças a praticarem habilidades sociais em um contexto controlado. A importância do suporte dos pais e a necessidade de opções adaptativas em atividades físicas foram enfatizadas, já que a falta de recursos e formação adequada de professores pode limitar a participação dessas crianças. <strong> </strong>Pesquisas indicam que déficits de funcionamento social em crianças com TEA podem estar relacionados à atividade física insuficiente. <strong>Conclusões: </strong>A atividade física proporciona melhorias na função cognitiva, comportamental e socioemocional. Entretanto, são necessárias pesquisas futuras para explorar ainda mais os efeitos específicos de diferentes programas de exercícios para crianças com TEA.</p>Tayrine Ypuena Tavares SilvaLaura Silva OliveiraMaria Clara do NascimentoLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771INIBIDORES DE MIOSINA E CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA
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<p style="font-weight: 400;"><strong>INTRODUÇÃO: </strong>A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardíaca de origem genética caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda, podendo apresentar formas assintomáticas até insuficiência cardíaca refratária. Seu tratamento farmacológico atual é constituído principalmente pelo uso de betabloqueadores, que auxiliam no controle de sintomas, embora não alterem o curso natural da doença. Essa condição está associada à morte súbita em jovens, especialmente entre atletas de alto rendimento. Dessa forma, uma nova classe de fármacos, denominada inibidores de miosina cardíaca, parece inovar notratamento de CMH nesse grupo de pacientes. <strong>OBJETIVOS: </strong>Avaliar a eficácia do tratamento para miocardiopatia hipertrófica com o uso dos inibidores de miosina, sendo eles Aficamten e Mavacamten. <strong>METODOLOGIA: </strong>Trata-se de uma revisão de literatura, na qual realizou-se a pesquisa dos seguintes termos: “Mavacamten” OR “Aficamten” AND “treatment” AND “hypertrophiccardiomyopathy”, inseridos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), integrada pela base de dados MEDLINE. Foram selecionados 9 artigos dos últimos 5 anos, apenas em inglês, para compor o estudo. <strong>DISCUSSÃO: </strong>O surgimento de inibidores de miosina cardíaca, pode representar um avanço no tratamento farmacológico da cardiomiopatia hipertrófica, especialmente na redução da mortalidade em atletas de alto rendimento. O Mavacamten age reduzindo o número de pontes cruzadas de actina-miosina e demonstrou melhorias significativas na classificação New York Heart Association (NYHA), ao mesmo tempo que reduziu a incidência de supra de ST em pacientes com HCM. Por sua vez, o Aficamten atenua os gradientes de saída do ventrículo esquerdo ao modular a função do sarcômero cardíaco. Ambos os fármacos têm como efeito final a redução da hipercontratilidade miocárdica, fator responsável pela hipertrofia excessiva do músculo cardíaco e pelo surgimento das complicações. Além disso, parecem ser opções seguras e eficientes. <strong>CONCLUSÃO: </strong>Analisando as referências apresentadas, conclui-se que os inibidores de miosina mostram-se promissores como uma alternativa para o tratamento de CMH, pois têm potencial de impedir a progressão da condição cardíaca, sendo assim uma possível solução para o aumento de sobrevida em atletas de alto rendimento portadores da doença. Por fim, apesar do potencial desses fármacos, é necessária a realização de mais estudos a fim de fornecer conclusões definitivas sobre seu uso correto.</p>Marina Cleto Miarelli PiedadeJoão Victor Marques TeixeiraMel Rodrigues LaranjeirasLícia Campos Valadares
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2025-02-072025-02-0771DORES ORTOPÉDICAS EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA COVID-19
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<div> <p class="Abstract">Introdução: Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde decretou o surto de COVID, uma pandemia, sendo a doença causada pela síndrome respiratória aguda, pelo SARS-CoV-2, o qual pode ser transmitido por gotículas infectadas e aerossóis. Entretanto, verifica-se que os sintomas mais comuns dessa doença são febre, tosse, dispneia e dores musculares, incluindo mialgia, a qual ocorre devido a uma tempestade de citocinas. Objetivo: O presente estudo objetiva relacionar as dores ortopédicas aos indivíduos que já foram acometidos pela COVID-19. Metodologia: Foi realizada uma revisão na literatura, a partir de buscas no PubMed, sendo utilizado palavras chaves, como “COVID-19, myalgia, myalgie e musculoskeletal pain” que resultaram em 24 artigos, dos quais foram selecionados 16 para embasar o estudo. Resultados: A mialgia é prevalente em homens, principalmente nos que apresentam comorbidades, como Diabetes Mellitus, obesidade, pneumonia e asma, além disso verificou-se que, no estudo realizado por Amanat et al, a mialgia foi relata por 28,5% dos 873 participantes. Já no estudo de Asma Deeb evidenciou que 19,3% dos casos graves e 4,8% dos casos não graves apresentaram evidências de lesão muscular. Considerações finais: Observou-se que a mialgia prevaleceu em pacientes que tiveram um quadro grave de COVID-19, além de ocorrer predominantemente nos indivíduos com comorbidades, ressaltando, portanto, a necessidade de investimentos nas áreas que acompanharão a recuperação desses pacientes, como a fisioterapia, a fim de reduzir as sequelas ocasionadas pelo vírus e estabelecer o bem-estar dos pacientes.</p> </div>Acássia Marina Jorge DinizAndressa de Barros Campo AraújoEduardo Antônio Oliveira SilvaLeandro Pinheiro CintraRodrigo Otávio Dias Araujo
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2025-02-072025-02-0771INFLUÊNCIA DAS DISPARIDADES DE GÊNERO, RAÇA E CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1290
<div> <p class="Abstract">Introdução: Doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte mundial, afetando desproporcionalmente minorias raciais e étnicas. Evidências mostram que fatores socioeconômicos e discriminação e racismo estrutural influenciam os desfechos nesses grupos. A propedêutica adequada é essencial para diagnósticos precisos e tratamento eficaz, mas barreiras culturais e preconceitos podem impactar a relação médico-paciente e o acesso aos cuidados. Objetivo: Este estudo avalia as diferenças no diagnóstico e tratamento de DCV, discutindo a influência dos fatores socioeconômicos e preconceito nas disparidades observadas. Pretende-se destacar a relevância de uma propedêutica bem estruturada e de estratégias para mitigar vieses no atendimento. Metodologia: Foi realizada uma busca integrativa nas bases de pesquisa PubMed, Scielo e Google Scholar, usando termos como “doenças cardiovasculares em minorias”, “fatores socioeconômicos” e “racismo na saúde”, com foco em estudos clínicos e revisões sistemáticas que analisam disparidades em DCV e a importância da propedêutica. Discussão: Disparidades em DCV estão ligadas a determinantes sociais da saúde, como renda, educação e acesso a cuidados. Grupos minoritários frequentemente enfrentam condições de vida que elevam os fatores de risco para DCV, como estresse crônico e menor acesso a alimentos e locais para atividade física. Além disso, preconceitos de profissionais de saúde resultam em diagnósticos e tratamentos menos eficazes para esses pacientes. Estudos indicam que o racismo estrutural e a discriminação afetam a qualidade do atendimento, levando à falta de confiança e à redução na procura por serviços médicos entre minorias. Esse cenário ressalta a importância da propedêutica, especialmente em consultas iniciais, como parte fundamental na construção de diagnósticos precisos e confiáveis. No entanto, a abordagem propedêutica deve considerar imparcialmente as necessidades e especificidades dos pacientes. Considerações Finais: As diferenças no diagnóstico e tratamento de DCV em minorias revelam a influência de fatores socioeconômicos e preconceito, com impactos negativos nos desfechos de saúde. Para reduzir essas disparidades, é essencial fortalecer o treinamento em propedêutica e a formação em competência cultural dos profissionais de saúde. Além disso, políticas públicas e práticas clínicas que promovam a equidade são fundamentais para garantir um atendimento inclusivo e de qualidade.</p> </div>Gabriela Palermo Correia DominguesAna Clara Procopio AlvesLícia Campos Valadares
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2025-02-072025-02-0771EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO NA COGNIÇÃO DE CRIANÇAS
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1291
<div> <p class="Abstract">Introdução: A relação entre atividade física e desenvolvimento mental tem despertado interesse entre pesquisadores; diversos estudos mostram que a prática de exercícios pode influenciar positivamente nas capacidades cognitivas como atenção, memória e funções executivas, especialmente em crianças, que estão em uma fase crucial para o desenvolvimento do cérebro. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a consequente redução da atividade física, levanta preocupações das potenciais repercussões negativas nas funções cognitivas. Objetivos: Esta revisão visa determinar se existe correlação entre a prática de atividade física e a melhora das funções cognitivas em crianças, reunindo e analisando evidências científicas que correlacionam estes dois parâmetros, principalmente nas áreas de atenção, memória e controle executivo. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura dos últimos 10 anos nas bases de dados PubMed e Scielo. A análise incluiu estudos experimentais e observacionais que investigaram os efeitos de programas de treinamento físico em crianças de 6 a 12 anos. Foi priorizado intervenções controladas que incluíam exercícios aeróbicos e esportes, avaliações objetivas do desempenho cognitivo, testes de memória e atenção e excluído aqueles que envolviam pacientes com distúrbios cognitivos graves. Discussão: Os dados analisados sugerem que o exercício é positivo nas funções cognitivas das crianças, especialmente nas funções executivas. Alguns dos mecanismos que explicam esses resultados incluem o aumento da neurogênese no hipocampo e a liberação de neurotoxinas, como o fator neurotrófico derivado do cérebro durante a prática de exercícios, além de melhorar a regulação emocional, o que impacta no desempenho escolar. A intensidade e a duração das atividades são fatores relevantes, exercícios de intensidade moderada a intensa tendem a produzir resultados mais significativos que os de baixa intensidade. As limitações do estudo são a falta de padronização nos métodos de avaliação e a escassez de dados sobre diferentes grupos populacionais. Considerações finais: Esta revisão sugere que a prática de exercícios físicos tem impacto positivo no desenvolvimento cognitivo de crianças. É fundamental que as escolas e as famílias promovam atividade física regular e que haja políticas públicas focadas em incentivar o exercício na infância garantindo que as crianças tenham acesso a essas oportunidades, independente de suas circunstâncias sociais</p> </div>Gabriela Palermo Correia DominguesAmanda Silva Najar CastroPedro Henrique Coelho QueirozLícia Campos Valadares
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2025-02-072025-02-0771O IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA SAÚDE CARDIOVASCULAR
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<p>O exercício físico é amplamente aceito como fator de proteção cardiovascular, reduzindo riscos como hipertensão, inflamação e dislipidemias. Globalmente, as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte, e a atividade física é recomendada como intervenção eficaz. Lee et al. (2019) mostram que a prática regular pode reduzir a mortalidade cardiovascular. Lavie et al. (2018) e Blair et al. (2018) reforçam esses achados, evidenciando a melhora da função cardíaca e vascular, além da redução de marcadores inflamatórios. Esta revisão avalia evidências sobre os efeitos do exercício na saúde cardiovascular, focando nos benefícios e riscos associados à intensidade da atividade e lacunas, como a dosagem ideal para diferentes populações e a personalização dos regimes. Realizou-se uma revisão integrativa com buscas nas bases PubMed e Scopus entre abril e julho de 2023. Foram incluídos artigos publicados entre 2015 e 2023, com rigor metodológico e relevância científica. Após a filtragem de 10 artigos, 6 foram selecionados por sua pertinência. A avaliação da qualidade metodológica foi feita pela escala de Jadad. Estudos mostram que exercícios moderados a vigorosos reduzem a mortalidade cardiovascular em até 30% (LEE et al., 2019). Lavie et al. (2018) relatam melhora da função endotelial e controle lipídico. O exercício também contribui para o controle do peso e da diabetes tipo 2, fatores de risco para doenças cardiovasculares. Contudo, há divergências sobre a intensidade ideal. Lavie et al. (2015) propõem a curva J, sugerindo que exercícios excessivos podem aumentar o risco de arritmias, especialmente em atletas de longa duração. Em contraste, Wisløff et al. (2020) indicam que o HIIT é seguro e eficaz em diversas populações, incluindo pacientes com insuficiência cardíaca. Para idosos, Levine et al. (2018) relatam que o exercício regular pode melhorar a variabilidade da frequência cardíaca e prevenir o endurecimento arterial. Faltam estudos de longo prazo que abordem os efeitos de diferentes intensidades em populações específicas. A prática regular de exercícios, adaptada às características individuais, é essencial para a saúde cardiovascular. Estudos futuros devem explorar regimes personalizados, integrando fatores genéticos e fisiológicos para otimizar benefícios e reduzir riscos.</p>Ana Maria TeixeiraJoao Pedro CondeMauro Teixeira
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2025-02-072025-02-0771O FUTURO DA PREDIÇÃO DE RISCOS CARDIOVASCULARES COM A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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<p style="font-weight: 400;"><strong>Introdução</strong>: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Uma causa evitável se houvesse identificação e tratamento precoce dos fatores de risco como, hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia e tabagismo. A inteligência artificial (IA) tem um papel fundamental na redução dessas mortes, por meio de ferramentascapazes de analisar e identificar padrões em uma grande quantidade de dados, o que permite a detecção precoce dos riscos cardiovasculares. Isso melhora a precisão no diagnóstico, favorecendo ações preventivas na saúde cardiovascular. A aplicação da IA na cardiologia preventiva é promissora, porém apresenta desafios que devem ser considerados para maximizar seu uso de identificação e triagem. <strong>Objetivo</strong>: Analisar o papel da IA na predição dos riscos cardiovasculares. <strong>Métodos</strong>: A revisão literária baseou-se em artigos das bases PubMed, BVS e LILACS, em inglês, português e espanhol, no período entre 2019 e 2024. Dos 158 artigos encontrados, 146 foram excluídos por estarem indisponíveis gratuitamente ou por não atenderem aos critérios de inclusão, resultando em 12 estudosincluídos. <strong>Discussão</strong>: O avanço da IA tem transformado cada dia mais a saúde cardiovascular, incorporando novas ferramentas, como o Random Forest, que consegue ser superior na estratificação e análise de sobrevida do que o Escore de Framingham. Estes tipos de programas e ferramentas conseguem analisar e incorporar profundamente vastos dados médicos do paciente, detectando alterações sutis dos fatores de risco ou a tendência às alterações dos mesmos. Além disso, avaliam hábitos de vida e histórico médicos, prevendo com maior precisão a probabilidade de eventos cardiovasculares e auxiliando na promoção individualizada do tratamento. <strong>Considerações finais</strong>: A incorporação da IA na abordagem da prevenção, estratificação de risco e diagnóstico promete revolucionar a saúde, proporcionando maior precisão e consequentemente, melhor tratamento. Entretanto, é de suma importância adotar uma abordagem cuidadosa e ética, garantindo os aspectos regulatórios e a real representatividade dos dados. Apesar de ser um caminho promissor, ainda é um caminho muito recente, sendo necessárias mais pesquisas para compreender plenamente os benefícios e limitações da IA. Portanto, é essencial a colaboração entre profissionais da saúde, pesquisadores e desenvolvedores a fim de aprimorar essas tecnologias e garantir uma assistência médica de qualidade, impactando a saúde pública positivamente.</p>Yasmin Luma MoreiraLuana Helena Martins LimaVinícius Gonçalves da Cunha Peixoto
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2025-02-072025-02-0771SAÚDE MENTAL E O BURNOUT EM ATLETAS DE ALTO DESEMPENHO
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<div> <p class="Abstract">Introdução: Atletas de alto desempenho enfrentam exigências físicas e psicológicas intensas, o que pode gerar estresse excessivo e comprometer a saúde mental. O burnout, caracterizado por esgotamento emocional, é uma condição comum entre eles, agravada por fatores como pressão por resultados, lesões recorrentes e competições contínuas. Reconhecer e manejar o burnout se tornou essencial na medicina esportiva, com impacto direto na performance e na longevidade da carreira dos atletas. Objetivo: Avaliar a relação entre saúde mental e burnout em atletas de alto desempenho, buscando identificar estratégias de prevenção. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed com os descritores “saúde mental”, “burnout” e “atletas de alto desempenho”. Foram selecionados estudos entre 2015 e 2023, incluindo estudos observacionais e ensaios clínicos, excluindo revisões sistemáticas e relatos de casos. Dos 45 artigos analisados, 25 foram incluídos. Resultados: O burnout em atletas é associado ao desgaste causado por treinamentos intensivos, alta expectativa de performance e pressões externas, como mídias e patrocinadores. Estudos indicam que impacta a saúde mental dos atletas, levando a ansiedade, depressão e redução da motivação. Além disso, a sua presença aumenta o risco de lesões, prejudica o desempenho e leva muitos atletas ao abandono precoce das carreiras. Intervenções preventivas, como o suporte psicológico contínuo e o treinamento mental, são eficazes para mitigar o burnout. Técnicas de mindfulness e manejo de estresse, bem como o suporte familiar e do técnico, desempenham papel importante. No entanto, o estigma em torno da saúde mental no esporte ainda dificulta a adesão a essas práticas preventivas e muitos atletas resistem a buscar ajuda psicológica por receio de serem percebidos como vulneráveis. Considerações Finais: A saúde mental é fundamental para o desempenho e a longevidade da carreira dos atletas de alto desempenho. O burnout é um problema crescente que demanda maior atenção e integração de estratégias de prevenção e tratamento no ambiente esportivo. A implementação de programas de apoio psicológico e intervenções personalizadas pode promover um equilíbrio entre a alta performance e o bem-estar emocional dos atletas. Para isso, é essencial que técnicos, equipes e entidades esportivas promovam uma cultura que valorize a saúde mental, contribuindo para a construção de um ambiente de apoio e proteção à saúde integral dos atletas. </p> </div>Mateus Carlos BragaJúlia Satler Gonçalves SilvaCarmen Luisa Laube SoaresGabriel de Araujo FernandesLeandro Pinheiro Cintra
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2025-02-072025-02-0771LESÕES EM ARTICULAÇÕES POR E-SPORTS
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<div> <p class="Abstract">Introdução: O avanço da tecnologia transformou as interações do ser humano com a natureza, o próximo e consigo mesmo. Com o surgimento dos eSports, ou Esportes Eletrônicos, definidos como competições online com premiações, essa forma de lazer cresceu exponencialmente e é reconhecida inclusive por universidades nos EUA, com audiências que já ultrapassam 320 milhões de pessoas. Entretanto, surgem desafios à saúde desses atletas, como fadiga ocular e dores nas mãos, costas e pescoço. Com poucos estudos disponíveis, ainda há pouco conhecimento sobre os impactos físicos do eSport, exigindo mais atenção profissional para entender essas demandas. Objetivo: Reunir por meio de uma revisão sistemática da literatura os conhecimentos acerca da saúde dos atletas de Esportes Eletrônicos e entender como o pouco conhecimento na área pode afetar os jogadores. Metodologia: Este estudo realiza uma revisão bibliográfica qualitativa na base PubMed, utilizando os termos “injuries”, “esport” e “e-sport”, no período de 2010 a 2022. Dos 47 artigos encontrados, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, restaram seis, incluindo referências adicionais. Critérios de exclusão incluíram estudos incompletos, livros e editoriais. Resultados: A popularidade do eSport trouxe grandes torneios e receitas, mas os atletas enfrentam riscos semelhantes aos de esportes tradicionais. Segundo especialistas, lesões nos pulsos, cotovelos, joelhos e pescoço são frequentes. Uma condição grave é o “polegar do jogador”, que bloqueia o movimento do dedo. A Síndrome do Túnel do Carpo é outra queixa comum, causada pelo uso repetitivo de mouses e controles, comprimindo o nervo mediano e gerando dor intensa. Muitos atletas ignoram sintomas, agravando as lesões. Um estudo com 65 jogadores dos EUA mostrou que a média diária de treino varia entre 5,5 e 10 horas, com 15% jogando mais de três horas seguidas sem pausa. Além disso, 40% relataram não praticar atividade física. A faixa etária predominante é de 18 a 25 anos, com queixas como dor nas costas, pescoço, mãos e fadiga ocular, mas apenas 2% buscaram ajuda médica. Considerações Finais: Conclui-se que o eSport demanda uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas e psicólogos, para mitigar danos à saúde dos jogadores. Este artigo destaca a necessidade de mais pesquisas na área, uma vez que poucos estudos abordam as implicações do eSport, o que limita o conhecimento sobre o impacto dessas práticas na saúde dos atletas. </p> </div>Leandro Pinheiro CintraJúlia Silva ArrudaLetícia Ramos Bonete LopesAugusto Portomeo Cançado LemosRodrigo Otávio Dias Araújo
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2025-02-072025-02-0771REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O USO DE ANABOLIZANTES NA MEDICINA DO ESPORTE
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1301
<div> <p class="Abstract">Introdução: O uso de anabolizantes na medicina esportiva é amplamente discutido devido aos seus benefícios e riscos. Os esteroides anabólicos androgênicos são derivados sintéticos da testosterona usados clinicamente para tratar condições como hipogonadismo e perda muscular severa, mas seu uso indiscriminado no esporte levanta preocupações. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre o uso de anabolizantes na medicina esportiva e abordar aspectos éticos relacionados. Metodologia: A revisão de literatura foi realizada no PubMed, utilizando os descritores: "Anabolic Agents", "Sports Medicine", "Anabolic Androgenic Steroids". Foram incluídos artigos publicados entre 2000 e 2024, priorizando ensaios clínicos e estudos observacionais com amostras relevantes de atletas ou praticantes de esportes. Estudos sem vínculo com o esporte e revisões de literatura foram excluídos. No total, foram selecionados 45 artigos que preencheram os critérios de inclusão e exclusão, sendo selecionados alguns principais para uso nesse resumo. Resultados: Estudos mostram que o uso de anabolizantes, quando aliado a treinamento de força, pode aumentar a hipertrofia muscular. Na medicina esportiva, é geralmente restrito a casos muito específicos e sob acompanhamento médico rigoroso, uma vez que o uso fora dessas condições configura abuso e doping. No entanto, atletas de diversas modalidades utilizam essas substâncias para melhorar o desempenho, seja para aumentar a força, resistência ou acelerar a recuperação muscular após treinos. Todavia, seu uso indiscriminado e em doses elevadas está ligado a sérios efeitos adversos, tais como: complicações cardiovasculares (hipertensão, arritmias, hipertrofia do ventrículo esquerdo e maior risco de infarto e AVC) e seu uso prolongado pode causar danos estruturais e funcionais no coração; podem suprimir o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, resultando em infertilidade, atrofia testicular e disfunção erétil, e nas mulheres pode causar virilização, com aumento de pelos, voz grossa e ciclos menstruais irregulares; efeitos psiquiátricos incluem alterações de humor, agressividade e até psicose e depressão, além de estudos associarem o uso a sintomas de dependência. Considerações Finais: Embora os anabolizantes possam ser úteis em tratamentos médicos específicos, seu uso no esporte, sem supervisão, traz sérios riscos à saúde e questões éticas, sendo necessário promover conscientização sobre os perigos do doping e incentivar práticas esportivas saudáveis.</p> </div>Leandro Pinheiro CintraRodrigo Otávio Dias Araujo
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2025-02-072025-02-0771FATORES DE RISCO PARA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM ATLETAS
https://revistas.unifenas.br/index.php/revistaunifenas/article/view/1302
<div> <p class="Abstract">Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é a interrupção súbita da atividade mecânica do coração e da respiração, ao compreender os fatores de risco para a PCR em atletas, é possível implementar medidas preventivas e protocolos de emergência adequados para garantir a segurança e o bem-estar dos participantes durante as práticas esportivas e, por conseguinte, prevenir eventos cardíacos fatais. Objetivo: Este estudo de revisão tem por objetivo expor os principais fatores de risco encontrados em casos de PCR em atletas e destacar a importância do exercício físico e da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Metodologia: Para a escrita desta revisão sistemática da literatura, foram utilizados os descritores: (Cardiopulmonary Resuscitation) AND (Athletes) AND (Risk Factors) na plataforma Pubmed, tendo por resultado 27 artigos utilizando o filtro que seleciona estudos com até 10 anos de publicação. Entretanto, foram excluídas 22 pesquisas, sendo 5 selecionadas para a realização deste estudo. Tendo como critério de exclusão artigo privado, artigos que não se enquadram ao tema desta revisão, relato de caso e revisão de literatura. Discussão: Durante a análise dos estudos selecionados, destacou-se que, a atividade física, apesar de associada a um baixo risco de eventos cardíacos, existem fatores de risco que podem levar os atletas a terem esse desfecho clínico. Wisten et al. (2019) observou a redução de mortes por Morte Súbita Cardíaca após 2000, graças à melhoria na manobra de RCP. Torell et al. (2017) destacou que o hábito de realizar atividade física está ligada a uma maior taxa de sobrevida em PCR fora do hospital. E por fim, Søholm et al. (2014) e Hart et al. (2012) identificou sexo masculino, correr maratona completa, síndrome coronariana aguda, tabagismo, hipercolesterolemia, doença cardíaca isquêmica conhecida, doença cardíaca congestiva e hipertensão arterial como os principais fatores de risco para PCR em atletas. Conclusão: Após a análise dos estudos selecionados, foi possível concluir que sexo masculino, correr maratona completa, tabagismo, doenças cardíacas como cardiomiopatias, síndrome coronariana aguda e hipertensão arterial crônica, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento da PCR em atletas. Por fim, ressalta-se a importância da prática de exercícios físicos para o aumento da taxa de sobrevida, e a importância da otimização do processo de RCP na redução das mortes por PCR.</p> </div>Júlia Porto RodriguesJúlia Figueiró ZimererLeandro Pinheiro Cintra
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