ANÁLISE DOS PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS PARA ANTIBIOTICOTERAPIA POR DENTISTAS DE UMA CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS

Resumo

O uso indiscriminado e irracional dos antimicrobianos aumenta cada vez mais a taxa de incidência à resistência bacteriana. O objetivo deste trabalho avaliar o protocolo utilizado para prescrição de antibióticos entre os cirurgiões dentistas de diversas especialidades que atendem em clínicas odontológicas da cidade de Alfenas, sul de Minas Gerais. Foram realizadas entrevistas com cirurgiões dentistas do município de Alfenas, por meio de um questionário. Foram analisados fatores como condutas realizadas no atendimento odontológico referente ao uso e prescrições de antibióticos, se o profissional realiza profilaxia antibiótica e/ou terapia antibiótica e seus respectivos protocolos. Do total de 134 entrevistados, 16% dos dentistas sempre indicam algum antibiótico para seus pacientes; 44% apenas em processos infecciosos agudos; 16% em processos infecciosos crônicos; 52% para pacientes que possuem algum comprometimento sistêmico, 20% em procedimentos longos; 49% em cirurgias complexas e 13% dos profissionais não recomendam nenhuma terapia antibiótica. 72% dos dentistas realizam procedimentos que necessitam de Profilaxia Antibiótica, sendo, 57% cirurgia oral menor; 22% cirurgia oral maior e 28% outros procedimentos. Cursos de atualização em farmacoterapia não são populares dentre a amostra geral, tendo 72% dos profissionais que não fizeram nenhum curso e apenas 25% que já fizeram alguma atualização. A autoavaliação dos profissionais variou entre: 47% suficiente seus conhecimentos; 6% insuficientes e 37% acreditam que precisam se atualizar. Conclui-se que há necessidade de cursos de atualização dos protocolos farmacológicos para os profissionais com o intuito de garantir o uso racional dos antimicrobianos e reduzir os quadros de reações adversas e resistência microbiana.